Boletim CISB nº 24 - Setembro de 2016
Cátedras de pesquisa idealizada pela INNOVAIR traz mais dois professores para o ITA

Programa Swedish Endowed Professor Chair at ITA entra
em seu segundo ano com perspectivas de continuidade
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O programa Swedish Endowed Professor Chair at ITA in the Honor of Peter Wallenberg Sr., que instituiu cátedras no Instituto Tecnológico da  Aeronáutico (ITA) para que professores suecos cooperassem com o Brasil, caminha agora para sua segunda fase. Criado no início de 2015, com o objetivo de aprofundar a cooperação bilateral em pesquisa, educação e inovação em tecnologias do setor aeronáutico, o programa já trouxe ao Brasil o seu primeiro professor, Petter Krus, da Linköping University.

Krus já veio a São José dos Campos (SP), cidade que abriga o ITA, por diversas vezes nos últimos 16 meses, e ainda deve voltar ao Brasil mais vezes, até 2018. Este ano, no início de outubro, é a vez do segundo convidado: Dan Henningson, do Royal Institute of Technology. E o terceiro docente, Tomas Grönstedt, da Chalmers University of Technology, tem chegada prevista para o final do mesmo mês. Ambos devem voltar mais vezes até o ano de 2019 (Veja abaixo entrevistas com os professores).

A iniciativa é desenvolvida no âmbito da INNOVAIR, plataforma que abriga todos os stakeholders relevantes da Suécia e visa estreitar os laços com a academia, governo e indústria do Brasil, fortalecendo o intercâmbio de inovação e tecnologias avançadas no setor aeronáutico.

O vice-presidente para pesquisa da KTH, Arne Johansson, acredita que o programa abre possibilidades de colaborações novas e excitantes entre Suécia e Brasil na área de aeronáutica. “É uma iniciativa que pode dar origem a relações de longo prazo e projetos de cooperação de natureza fundamental e aplicada. Os intercâmbios entre ITA e KTH, em diferentes níveis acadêmicos, vão enriquecer os dois ambientes e facilitar a cooperação industrial entre a Suécia e o Brasil”, ressalta.

De acordo com o reitor do ITA, Anderson Correia, as cátedras de pesquisa são importantes para a instituição e têm rendido bons feedbacks por parte dos alunos. “Essas cátedras são muito comuns em universidades estrangeiras e o ITA já vem investindo nisso desde o ano passado. Começamos com a Cátedra Embraer, em 2015, quando trouxemos o professor Carlos Cesnik, ex-aluno do ITA e hoje professor na Universidade de Michigan. No final do primeiro semestre, com a vinda do professorPetter Krus, consolidamos a primeira incursão no programa Swedish Endowed Professor Chair at ITA in the Honor of Peter Wallenberg Sr. E depois, ainda no mesmo ano, lançamos uma Cátedra Internacional de Ensino sobre Plataformas de Pequenos Satélites, com o apoio da Thales Alenia Space (TAS)”, resume.

Para ele, o ITA só tem a ganhar ao trazer professores estrangeiros para passar um período relevante na instituição. “A estratégia permite trazer gente que tem relação estreita com a indústria e com outras instituições de pesquisa, como foi o caso do Petter Krus, que tem ótimas relações com a Saab e com outras universidades brasileiras. Os professores de cátedras de pesquisa que vieram para o ITA até agora interagiram muito bem com a instituição, os alunos e outros docentes.”

O reitor explica que os professores do programa Swedish Endowed Professor Chair at ITA ficam na instituição, ao todo, entre dois e seis meses. “Aqui, eles se dedicam a tarefas como orientação de alunos, participação em grupos de pesquisa, orientações de teses. E também ministram mini-cursos e desenvolvem artigos conjuntos com outros docentes e alunos de pós-graduação.”
Segundo Correia, todas cátedras de pesquisa, incluindo a do programa da INNOVAIR, têm planos de trabalho com prazos estipulados. E cada uma delas tem um professor instrutor local, que organiza as reuniões com grupos de pesquisa, toma providências para socializar o convidado, introduzindo-o na rotina da instituição e fazendo a ponte com os alunos e com os outros docentes.

“Para os alunos, é uma oportunidade única: primeiro, de ter aulas em inglês e aperfeiçoar o uso de temos técnicos de suas áreas de pesquisa e, segundo, de ter contato com uma cultura diferente. A interação com os professores convidados nos corredores e durante as refeições comuns também enriquece o dia a dia dos estudantes”, diz Correia.

Para o vice-reitor adjunto de Relações Externas da Linköping University, Peter Värbrand, o desenvolvimento do programa irá permitir, para ambos os lados, resultados concretos em pesquisa, educação e inovação. “Ele aumenta a visibilidade internacional da nossa instituição, e o faz junto a um parceiro estratégico, que é a Saab. Outro benefício é que permite construir uma colaboração de longo prazo com instituições-chave no Brasil como, por exemplo, o ITA.”

Värbrand lembra que a Universidade de Linköping mantém um programa de pós-graduação em engenharia aeronáutica. “Acreditamos que a colaboração com outros países é de grande importância no âmbito de uma instituição que tem um mestrado internacional. Por exemplo, fomentando o intercâmbio entre estudantes – e, neste caso, com um excelente parceiro que é o ITA.”
Correia, por seu lado, avalia a repercussão das cátedras de pesquisa como muito positiva para o ITA. “Conseguimos medir o impacto dessas iniciativas pelas aulas magnas e palestras dos docentes visitantes. Na palestra de apresentação do professor Petter Krus havia 600 pessoas. Na aula magna do professor Cesnik havia 800. Isso levando-se em conta que o ITA é uma instituição com um número restrito de alunos: são 1.200 de graduação e 600 de pós. O resultado tem sido muito bom.”

Segundo Alessandra Holmo, Managing Director do CISB, instituição que apoia a vinda dos professores suecos ao Brasil, as cátedras do ITA constituem um modelo inovador dentro do sistema brasileiro de inovação, e trazem como desafio a ampliação da cooperação com grupos de pesquisa de outras universidades no Brasil além do ITA e a forma de como tornar esse modelo sustentável no longo prazo. “Acredito que este modelo possa ser replicado para outros setores de cooperação entre Brasil Suécia e já estamos trabalhando para isso. Também estabelecemos um comitê dentre todas as instituições envolvidas para propor ações que tornem este modelo sustentável”, conclui a diretora.


Um passo à frente na colaboração em P,D&I

O CISB entrevistou os três professores suecos que participam do programa Swedish Endowed Professor Chair at ITA in the Honor of Peter Wallenberg Sr. Petter Krus, da Linköping University, fala de sua experiência no Brasil como o primeiro professor a assumir a cátedra no ITA. Já Dan Henningson, do Royal Institute of Technology, e Tomas Grönstedt, da Chalmers University of Technology, relatam suas expectativas e planos de trabalho. Confira abaixo.

PETTER KRUS
Linköping University

Depois de passar meses atuando no ITA, como o senhor avaliaria sua experiência como o primeiro professor do Programa Swedish Endowed Professor Chair at ITA in the Honor of Peter Wallenberg Sr.?  Quais foram os obstáculos superados?

Eu já havia passado um bom tempo no Brasil e no ITA, como ad hoc, antes de ser nomeado para a Endowed Chair. Portanto, já estava de certa forma bem estabelecido quando comecei. Acho que o maior obstáculo é a barreira da língua, apesar de muitos docentes falarem inglês, mas ainda assim alguma coisa se perde. Mas estou trabalhando nisso... Outro obstáculo é a falta de financiamento pelo lado brasileiro. Esperamos que isso melhore com o tempo.

Como o senhor avalia as evoluções do projeto de pesquisa FADEMO até o momento?

Precisamos considerar que este é o primeiro projeto que fazemos em conjunto e que não há financiamento pelo lado do Brasil. Do lado da Suécia, temos nos saído bem. Realizamos e gravamos testes de voo com aeronave GFF instrumentada em subescala. Compartilhamos dados e os dois lados estão trabalhando na análise. Também temos acordos firmados para o projeto com todas as partes, LiU, ITA, USP e Saab. Acho que este é um marco importante para a colaboração Brasil-Suécia, uma vez que se trata de um modelo para colaboração para projetos futuros.

O seu plano de trabalho dentro do Programa contempla a vinda de estudantes de doutorado ou pesquisadores, sendo que o senhor já trouxe dois estudantes até agora. Quais as atividades que eles desenvolveram?


Um dos alunos está trabalhando no projeto MSDEMO e usando seu tempo no ITA com tecnologias de voo também.  O outro aluno está dando continuidade a uma colaboração com a USP de São Carlos, iniciada quando um professor de lá passou meio ano na Universidade de Linköping com uma bolsa de estudos CNPq-CISB-Saab há três anos. Este trabalho também está relacionado ao projeto MSDEMO.

Um dos objetivos do seu plano de trabalho é estar envolvido na organização de workshops e conferências para incentivar e ampliar a rede de pesquisadores e a cooperação entre Brasil e Suécia. Qual tem sido o resultado destas ações? Como o senhor espera estimular o intercâmbio de pesquisadores em ambos as direções?

Como resultado, tem havido mais colaboração entre pesquisadores na Suécia e no Brasil. O objetivo desses workshops é reunir pesquisadores e mostrar as áreas em que essa colaboração pode acontecer. Não se trata apenas de uma colaboração bilateral entre pesquisadores de ambos os países, mas de construir relações entre atores dentro do Brasil para que haja uma sólida rede de pesquisa na ampla área de Engenharia Aeronáutica no Brasil juntamente com a Suécia.

Dentro do contexto de cooperação internacional em P,D&I, como o senhor avaliaria os mecanismos de estimulo à inovação do Brasil comparado com os da Suécia? Após a sua experiência no Brasil, quais sugestões de melhoria você daria?

Esta é uma pergunta difícil, mas acho que há incentivos mais fortes na Suécia para se solicitar financiamento para pesquisa à indústria. No Brasil, é mais confortável fazer pesquisa puramente acadêmica. Na Suécia há uma forte tradição nas universidades com pesquisa aplicada em colaboração com a indústria. É algo aceito, pelo menos em grandes empresas, porque é muito importante para construir a competência adequada. Na Suécia, também há uma fração maior de engenheiros em empresas com doutorado, e os doutorados são bem-vindos na indústria. No Brasil, o doutorado é visto como algo para uma carreira acadêmica e, em geral, a pesquisa não é feita em cooperação com a indústria. Acho que é nesta área que podemos contribuir mais, fazendo com que haja colaboração entre pesquisadores brasileiros com empresas suecas que já têm essa tradição. A Saab é, com certeza, uma parceira muito importante aqui, e já tivemos vários projetos em que pesquisadores brasileiros puderam se envolver em projetos de pesquisa junto com a empresa.

Quais são as perspectivas de continuidade da sua cátedra a partir de 2019?

Eu gostaria muito de continuar meu envolvimento com o Brasil, de uma forma ou de outra. Estou bem otimista quanto a isso. Acho bastante estimulante e gratificante trabalhar no Brasil e com brasileiros.

DAN HENNINGSON
Royal Institute of Technology (KTH)

Em outubro próximo, o senhor virá ao Brasil para assumir uma cadeira no ITA. Quais sãos as suas expectativas em relação às atividades de ensino, pesquisa e cooperação que pretende desenvolver?

Espero desenvolver um programa de pesquisas com alguns professores do ITA, nas quais temos estudantes de ambos os países trabalhando em conjunto. Prevejo que tanto pesquisadores sêniores quanto estudantes de pós-graduação se encontrem várias vezes ao ano, tanto na Suécia quanto no Brasil, e que possamos explorar os pontos positivos do grupo de pesquisa para solicitar financiamento visando ampliar ainda mais as atividades de pesquisa e seus resultados. Também tenho a expectativa de que essa colaboração possa trazer para perto outros grupos de pesquisa no Brasil, que não tenham trabalhado de forma tão próxima anteriormente, particularmente experimentos no campus da USP São Carlos com a pesquisa teórica no ITA. Em termos de ensino e outras atividades, acho que participarei de alguns cursos de pós-graduação ministrados no ITA e também pretendo auxiliar na preparação de conferências e workshops no Brasil em minha área de pesquisa.

No seu plano de trabalho, está previsto o desenvolvimento de atividades relacionadas a um projeto de pesquisa. Do que se trata esse projeto, qual sua importância e principais desafios para a aeronáutica?

A base inicial da colaboração é um projeto dentro do Programa Nacional de Pesquisa Aeroespacial Sueco (NFFP), chamado PreLaFloDes, que trabalha com Controle de Fluxo Laminar e desenvolve capacidade para análise de alta fidelidade para o fluxo laminar de asas. Além disso, o uso de superfícies inteligentes e de atuadores de plasma será avaliado, visando determinar como obter benefícios adicionais através do controle ativo de fluxo.

Como o senhor pretende contribuir para uma agenda de pesquisa de longo prazo entre os dois países? O senhor tem intenção de envolver pesquisadores de outras instituições brasileiras? E pesquisadores da indústria?

O Controle de Fluxo Laminar é o foco do meu grupo de pesquisa há cerca de 20 anos; temos trabalhado conjuntamente com pesquisadores europeus, acadêmicos e industriais, para desenvolver ferramentas de análise e projetos de asas laminares. Essa área não foi abordada anteriormente no Brasil da mesma forma. Assim, acho que nossa experiência será de grande importância para reforçar as pesquisas nessa área no Brasil, não apenas no ITA, mas também em outras instituições, incluindo a indústria. Parceiros da indústria são importantes e espero ter tanto a Saab quanto a Embraer envolvidas nesse grupo de pesquisa.

Qual a sua experiência em cooperação internacional?

Tenho ampla experiência em cooperação internacional e ela é parte integrante do meu grupo de pesquisa. Por exemplo, há cinco anos recebi o prêmio Alexander von Humboldt e passei um período na Alemanha colaborando com pesquisadores-chave em Aerodinâmica e Mecânica dos Fluídos. Nos últimos vinte anos, também participei de muitos projetos de pesquisa financiados pela União Europeia, que sempre envolvem grandes esforços de colaboração.

TOMAS GRÖNSTEDT
Chalmers University of Technology

O senhor será o terceiro professor sueco a assumir uma cadeira no ITA dentro do programa. Quais são as suas expectativas? Este será o seu primeiro trabalho em cooperação com o Brasil?

De uma perspectiva da Chalmers University of Technology, espero que esta colaboração possa auxiliar a torná-la melhor conhecida no Brasil, e que possa servir de catalisador para um compromisso de longo prazo e mais amplo com o ITA em particular, mas também com outras universidades brasileiras. Adicionalmente, espero que esta parceria possa contribuir para reforçar ainda mais a rede de pesquisa do ITA dentro da Europa. O grupo que lidero tem ampla experiência de trabalho com várias formas em projetos na União Europeia. A rede que estabelecemos se abre de vários modos para intensificar os meios para que a Chalmers e o ITA possam trabalhar juntos.

Da perspectiva de meus próprios interesses de pesquisa, valorizo o fato de o ITA ter uma abordagem bastante aplicada, isto é, contribui com inovações em engenharia que têm potencial para entrar no mercado e gerar novos empregos. É uma tarefa que considero muito importante e com a qual estou engajado.

Além de um compromisso mais intenso com a universidade, a Chalmers também busca desenvolver relações educacionais com o setor da aeronáutica no Brasil em geral. No verão passado, tivemos um aluno da Chalmers incluído no programa de mestrado da Embraer. Foi a primeira vez que um aluno europeu participou deste programa. Nós apreciamos o fato de a Embraer ter uma abordagem muito madura, com visão de futuro, quanto ao ensino de engenharia. Na Chalmers, também vemos que podemos proporcionar oportunidades para os alunos, e tornar tanto o ITA quanto a Chalmers mais atraentes para o intercâmbio.

Na verdade, minha colaboração com o ITA começou antes de se consolidar a parceria com o Gripen.  Um ex-colega da Chalmers e eu desenvolvemos um curso conjunto de projeto conceitual de motores aéreos já em 2011. Os grupos de pesquisa em turbo-maquinário correspondentes já têm uma relação de longa duração desenvolvida através da Sociedade Americana de Engenheiros Mecânicos.

Na Chalmers University of Technology, o senhor desenvolve pesquisas que visam inovações em motores de avião e eficiência em turbina a gás. Poderia nos dar uma breve explicação dessas inovações, suas aplicações e benefícios?

Recentemente meu grupo realizou análise e trabalho experimental com um conceito de intercooler que projetamos para uma ampla variedade de aplicações em motores aéreos que devem passar a ser usados por volta de 2025. Desenvolvemos o conceito desde o início na Chalmers, apesar de, a princípio, termos recebido substanciais subsídios industriais da GKN Aerospace e da Rolls-Royce. Estimamos uma potencial melhoria na queima de combustível, em torno de 5% para missões de maior distância. Como utilizar o intercooler dentro de uma missão e incorporar suas vantagens na otimização de futuros motores são os resultados principais esperados.

Com o ITA, também já iniciamos uma cooperação para o propulsor Boxprop. Este conceito tem origem em uma patente que requeremos para um ex-aluno de doutorado industrial do meu grupo. O conceito promete oferecer, às aeronaves com propulsor de alta velocidade, velocidades similares aos do motor comercial turbofan, reduzindo substancialmente a queima de combustível bem como as emissões de CO2 associadas.

O aspecto competitivo desse conceito é o potencial para diminuir as emissões de CO2 com um nível reduzido de emissão de ruído quando comparado aos propulsores concorrentes. Nos próximos anos, esperamos que a colaboração com o ITA leve a uma melhor compreensão de como as escolhas de projeto de geometria nacelle se inter-relacionam com o projeto aerodinâmico de propulsor Boxprop.

Como o senhor acha que este programa pode beneficiar o grupo de pesquisa sob sua coordenação na Chalmers University of Technology?

Com certeza pode tornar as carreiras de pesquisa dentro de nosso grupo mais atraentes, permitindo que se amplie ainda mais nossa rede internacional. Também temos planos bastante ambiciosos para colaborar com o ITA em ferramentas de projeto na área de otimização multidisciplinar e de compressores aerodinâmicos.


6º Encontro Anual do CISB será realizado no Brasil e na Suécia

As atividades acontecem em diferentes cidades de ambos os países,
em colaboração com os membros e parceiros do CISB
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Entre os dias 8 e 28 de outubro, o Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro (CISB) promove seu 6º Encontro Anual que oferece uma oportunidade única para conectar pessoas, criar pontes, fomentar a colaboração, catalisar iniciativas e fortalecer a rede de inovação e pesquisa entre seus membros, parceiros e atores dos dois países.

Pela primeira vez, o encontro será realizado no Brasil e na Suécia, com workshops, seminários, diálogos, reuniões de cúpula e encontros de líderes de projeto. As atividades acontecem nas cidades de Linköping e Estocolmo (Suécia), São Bernardo do Campo, Curitiba, Florianópolis e Belo Horizonte (Brasil), em diferentes datas, e foram organizadas em colaboração com membros e parceiros do CISB. A programação completa está disponível no site: www.cisb.org.br/annualmeeting.

Na Suécia, estão previstas quatro atividades. A primeira delas é o Congresso de Tecnologia Aeroespacial 2016, que acontece de 10 a 12 de outubro em Estocolmo. Na sequência, será realizado o 4º Workshop Brasil-Suécia em Aeronáutica e Defesa e o Workshop de Engenharia de Sistemas e Inovação. Ambos em Linköping, nos dias 13 e 14 de outubro, respectivamente. Haverá ainda um grande incentivo para reuniões de projetos que constam do portfólio em Aeronáutica Brasil-Suécia.

“O Congresso de Tecnologia Aeroespacial é um dos principais eventos da indústria aeroespacial mundial, e terá uma sessão especial dedicada à colaboração Brasil-Suécia. Por esse motivo contou com forte apoio do CISB desde o final do ano passado no sentido de garantir uma relevante participação do lado brasileiro. Já o 4º Workshop Brasileiro-Sueco em Aeronáutica e Defesa reunirá os atores da indústria, academia e governo de ambos os países para um balanço das atividades de cooperação e as perspectivas futuras”, conta Alessandra Holmo, Managing Director do CISB.

Ela também destaca a importância do Workshop de Engenharia de Sistemas e Inovação. “A Engenharia de Sistemas é uma área complexa e multidisciplinar, cujas ferramentas e metodologias fomentam a inovação.” Esta atividade está sendo realizada em parceria com a Linköping University, que tem forte atuação na área.

No Brasil, o Encontro Anual também será composto por atividades com seus membros e parceiros, com potencial para render novos projetos de pesquisa. No dia 24, em Curitiba, com o apoio do Swedcham, o CISB promove um Diálogo em Industrial Big Data and Maintenance in Analytics. Esta atividade será realizada na planta da Volvo com a participação especial de Diego Galar, professor da Luleå University of Technology e da University of Skövde. O objetivo é apresentar o estado da arte da manutenção na indústria 4.0 e propor um diálogo inicial no tema com diversas indústrias.

Já nos dias 25 e 26 de outubro, em Florianópolis, acontece o 3º Workshop em Engenharia Inovadora para Energia de Fluídos. O foco dessa atividade são ferramentas e métodos para o desenvolvimento e o design de sistemas hidráulicos e pneumáticos e contará com a participação de inúmeros painelistas internacionais. A iniciativa já está na sua 3a edição e é organizada pelo CISB, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Linköping University (LiU), a Universidade Federal do ABC (UFABC) e a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ).

No dia 26, em Belo Horizonte, acontece um encontro para dar continuidade a um workshop realizado em maio passado, na mesma cidade. A atividade reunirá os participantes do Workshop AIMday Smart Industries, com representantes da academia e de grandes empresas para discutir soluções em smart industries. Neste encontro, a proposta é avançar nas ideias de projetos, compartilhar experiências e formas de financiamento. A iniciativa é organizada em parceria com Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG), a Linköping University (LiU), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Uppsala University (UU). 

O CISB também apoia uma iniciativa da Scania, o INOVATHON – Desafio Logístico, que acontece nos dias 8 e 9 de outubro, em São Bernardo do Campo. Será uma maratona na qual alunos de graduação terão a missão de criar uma solução inovadora para os desafios logísticos da empresa. O principal objetivo é conectar a universidade com os desafios da indústria, estimular a troca de experiências, gerar o conhecimento aplicado e promover a inovação.

Por fim, o CISB organiza pela 4ª vez o Swedish Universities Brazilian Roadshow. Entre os dias 20 e 28 de outubro, estudantes de graduação de várias universidades brasileiras poderão conversar com representantes de sete universidades suecas sobre as oportunidades de estudo e desenvolvimento de projetos de pesquisa no país.


CISB - Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro • Rua José Versolato, 111, São Bernardo do Campo, SP , Brasil • CEP 09750-730
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